segunda-feira, fevereiro 28

Ensaio no Parque 1 Ed. - Ovedrive

Punk Rock. Hardcore. Berros. Genialidade.
Claro que me refiro à incomparável “Overdrive Punk HC”! Veterana no blog e vencedora por três vezes consecutivas do prêmio de “Maior tortura” (da festa em questão), eis que os bravos caçadores das esperança tornam a se apresentar publicamente e trazer um pouco mais de “caos e miseriaaaw” aos eventos da região.

E como li uma vez algum dos riquíssimos e argumentativos comentários que eventualmente recebemos: “Bom mesmo é criticar, né?” - E é mesmo. Voilà.

O ensaio (onde quase tudo é realmente perdoável) da banda Overdrive foi capaz de começar e terminar da mesma forma: incompreensível.
Com parte da culpa direcionada aos aspectos técnicos do evento (o que também é perdoável) e a outra parcela a ser assumida diretamente pelos músicos, creio que apenas aqueles que estavam tocando tinham alguma noção do que ouviam, o que pode ter sido uma das maiores qualidades da apresentação.

Por outro lado, se não ouvíamos as letras ao vivo, elas – e seu imenso conteúdo social - estavam impressas em nossas conturbadas mentes e se faziam entreouvir em alguns momentos privilegiados do dia. Uma dessas pérolas se deu durante a música “Caia fora Militar” ( “... militar vá se fuder/ não devo nada a você...”), quando o atroz e ameaçador guarda municipal apreensor dos Cantinas da Serra da vida se sentiu visivelmente voltado a adentrar o recinto em sua viatura, talvez apenas para comprovar a fundamentação da música.

Outros sucessos também estiveram presentes, entre eles a clássica “caos aéreo”, (onde ninguém foi capaz de avisar ao compositor a sutil diferença entre o aeroporto de Congonhas e o World Trade Center) e a INCOMPARÁVEL “Bandeira Nacional” onde o compositor em questão desabafa sobre sua professora do pré-escolar, incapaz de ensiná-lo que – ao contrário do que é dito na música – o “amarelo” da nossa bandeira não representa “o sol que nos esquenta com o EFEITO ESTUFA”, mas as riquezas do país. E, infelizmente, na “música da bandeira” a desgraça não para por aí, uma vez que encontra-se também o trecho: O azul indica nossos rios/ o BRANCO É O CÉU ...”

E então, caros leitores, uma vez que é fato a afirmação de que "isso é o punk HC e eu que não entendo nada", chego ao mais alto insight da minha breve existência, onde tudo se resume a uma única constatação: O Punk Rock é daltônico.

domingo, fevereiro 27

1ª Ed. Ensaio No Parque 19/02 - Dissonantes

Infelizmente cheguei na metade da apresentação da Dissonantes, e peço minhas sinceras desculpas por isso.

Com Alencar no vocal, e muito barulho, não consegui compreender nem metade do que eles cantavam. (Acho que isso já aconteceu antes) Até que para minha surpresa, e de todos os presentes, sobe ao palco, uma presença mais do que especial, uma figura marcante para Rock n’ roll do Velho Chico. Van Lima. (gritos e aplausos)

Cara, é agora que isso melhora. E ele vem com sua brava performance, seu gutural maravilhoso, seu inglês de dar inveja, e sua perfeita e incontestável voz. Para cantar algo que, claro, logo no início não entendi o que era. E depois de muitos gritos e minutos roubados de minha paciência, ele me vem com Nirvana. Não entendi se aquilo era proposital, porque no dia seguinte Kurt estaria fazendo 44 anos, ou se ele queria mostrar que sabia. (sabia porra nenhuma, isso sim) Acho que estes momentos a gente nunca esquece. Às vésperas de uma comemoração - na minha opinião - merecedora de atenção, Van Lima nos presenteia com You Know You’re Right, e traz a galera ao delírio.

Mas não é só isso, sobe também ao palco, um seguidor de Van, porque aquilo que ele estava cantando era a mesma merda que seu amiguinho, em que o desespero era tanto, que eu, mentalmente, implorava que Alencar voltasse ao palco.

Essas coisas sempre acontecem. Já é algo natural por aqui.

Enfim, essa 1ª Edição do “Ensaio no Parque” (acho que não é preciso explicar as aspas, Black já fez isso) foi empolgante, feliz, colorido, e mais uma vez, nos ensinou, o que é música de verdade. (?)

sábado, fevereiro 26

1ª Ed. Ensaio no Parque



Eu vi no dia 19 de Fevereiro (sábado) que inspirados pelo Ensaio Livre: evento que está na quarta edição e é realizado em Juazeiro; e com mesmo sentimento de querer divulgarem o Rock da região organizaram em Petrolina o Ensaio no Parque – dessa vez fazendo juz ao nome: Livre, hehe – regado a muitos policiais, álcool confiscado, poucos roqueiros e muitos skatistas fãs de Pellanxa, a desanimação foi o sobrenome do evento. Sendo o ápice mais alto do show os 83 cm de altura que o skatista perereca-nova conseguiu pular e mais ninguém fez o mesmo, incluindo a isso as requebrações vitoriosas de sua conquista. Eu nunca vi ninguém descer no chão daquele jeito.


Beach (Bitch) House

Trazendo uma novidade para o cenário do rock da região, os “casa da puta” inovaram tocando um instrumental até bacaninha; para quem curte um instrumental bem sem sal foi legal, deixou a desejar uma pedaleira mas não muito mais que isso. Porém se o objetivo era tocar musicas de casa de praia (ou casa de p***), ou animar a galera, não rolou, não tinha nada disso e não foi nada tão surpreendente assim, faltou mesmo um baixo, um vocal e uma agitação.

Sinopse

Com o auxilio do microfone eles foram de mal a pior. A repetição mal feita dos sons da Andranjo, variando entre músicas próprias e músicas nacionais. Felizmente sem caos ou miséria, porém com um tom de dor de cotovelo desafinada que enche o saco e não se aproveita nada de bom... Em matéria de harmonia instrumental estava bom, tocaram nada mais que 6 acordes, não tinha como desarmonizar né?

Mas, como estava dizendo: foi só um Ensaio.

Obs.: Os atrasos nas postagens acontecem por excesso de vagabundagem mesmo.

domingo, fevereiro 20

Kurt - 44 anos

Dia 20 de fevereiro, ainda é complicado deixar passar em branco, e causa remorso esquecer. Uma contradição eu sei.

Se vivo, hoje estaria “comemorando” 44 anos. O comemorando em aspas, ele nunca pareceu comemorar qualquer coisa. Com sua normal depressividade e uma interpretação quase torturante de suas próprias músicas; Kurt Cobain arrebatou muito mais que a juventude de seu tempo, marcando muitos até hoje, sendo eu um deles. Deixando em destaque o que viria a ser a face do fim de um milênio, e não é bem um elogio.
Lembro de como aprendi a gostar de Rock: comprei um CD com um loiro de olhos tristes na capa; Nirvana - As 20 Mais. Tinha simplesmente ouvido falar e fiquei a fim de conhecer, no começo achei um monte de metal pesado e gritaria, então a escutei, Drain You “You're my vitamins, Cause I like you” e depois me acostumei, era algo novo e viciante.  Simples e bem harmonizado, não é a coisa mais incrível de se ouvir, mas com tanto felling que é difícil escapar.
Hoje em dia só escuto Nirvana quando me vem uma saudade de ser como antes, com toda a simplicidade, inocência e vitalidade de um pré-adolescente descobrindo coisas novas e vendo magia em tudo que era novo.
Agradeço ao Kurt maravilhosos momentos de tristeza e alegrias, de amizades feitas e desfeitas, de prazer e reflexão, e de servir para mim como introdução de uma das coisas mais maravilhosas do mundo, na minha concepção, o rock.
Dia 05 de Abril próximo faz 17 anos que ele se foi.
E sendo uma das pessoas que mais marcou minha vida, eu lhe dou um carinhoso Adeus:


quarta-feira, fevereiro 16

Ensaio Livre - Apocalypse Reggae

Chegou para fechar.

A nossa poética Apocalypse Reggae finalizou o evento cantando muitas de suas várias composições.

A sua apresentação foi a que mais animou/agitou, trouxe vida e sorrisos para o grande público presente. Contou com algumas participações especiais no meio do “show” como: Jocélio, Pikeno e Sandrão. Trouxe também suas letras inigualáveis e inexplicáveis para compartilhar com a galera. Um dos trechos que mais nos chamou a atenção – a pesar da música já ser conhecida e idolatrada como hino – foi: “É o rap da rapadura que arrebenta”. Que foi o suficiente para o começo de uma quase aglomeração de fãs.

Integrantes simpáticos e naturais, o Apocalypse Reggae, já é uma banda conhecida na nossa região, tanto por sua simplicidade, como pelo trabalho bem feito que nos proporcionam.

Ensaio Livre – Perfeito Estado

Sem decepcionar, sem revolucionar.

Em sua natural animação balada nacional anos 80,Perfeito Estado continua mostrando que está aqui para não se deixar influenciar pelo o atual - desnaturado e excessivamente revolucionário – cenário do rock nacional. Eles vão com calma e sem preocupação, demonstrando prazer e seriedade, uma diversão levada a sério. Curtem o que fazem no seu próprio ritmo, não querem conquistar a platéia, querem deixar fluir seus próprios discos velhos, e nos trazer uma nostalgia do tempo onde o rock não vendia e não estava na moda. Sem a necessidade de parar para se explicar, tocaram continuamente, sabendo que não é necessária nenhuma explicação.

Ao Perfeito Estado espero que continuem tocando com o prazer das lembranças da juventude sem máscaras, com ou sem a participação da platéia.

E a mim, espero pegar uma banda ruim no próximo evento para poder me divertir mais escrevendo.