domingo, março 27

Ensaio no Parque (19/03/11) - Overdrive

Queridos amáveis, e adoráveis, e violentos leitores: desculpem o atraso na atualização. Fomos displicentes com vocês, mas precisávamos discutir a possibilidade (que parece cada vez mais remota) de existirmos depois dessas postagens. Mas afinal...

Só para frisar: O fato de falarmos que ninguém é obrigado a ler isso aqui é só uma forma de deixarmos claro que vocês podem nos ignorar (e em certos casos DEVEM), mas não impede ninguém de demonstrações de amor contido ou ódio reprimido, muito menos de baixaria em Anônimo. Prezamos a diversidade cultural e formas verbais de expressão (mesmo não gostando de muitos tipos destas) e nosso blog sempre deixará em aberto a opção Anônimo para a felicidade dos comentários de todos.
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A Overdrive começou deixando claro que vieram para fazer o som deles, goste quem quiser, desgoste também quem quiser, e para uma banda anarchy-punk demonstraram uma consciência de respeito que se fosse existente em todos, faria com que o conceito de governo anarquista funcionasse muito bem - é claro que sem os luxos de consumo proporcionados pelo capitalismo.

Ao que interessa: Mesmo ainda parecendo mais um cover de Ratos de Porão, a Overdrive demonstra estar crescendo e deixando de ser ao menos um coverzinho mal feito, e trabalhando duro para isso pelo que vem demonstrando o baterista da banda (é tanto, que até mesmo parece que mudaram o baterista) que sinceramente, está fazendo um bom trabalho. Assim espero, pois já não há tanta coisa nova para comentar sobre a Overdrive, a não ser, claro, a emocionante, sincera, conflituosa e grande roda punk que se formou, deixando claro que a banda tem energia para animar o público. 
Uma pena que muita dessa energia está sendo desperdiçada em bobagem.

Pedido especial: Tocam Motörhead?

sexta-feira, março 25

Ensaio no Parque (19/03/11) - Los Chicos en Fuego e Sinopse

E é com grande atraso e falta de motivos, que surge nesse recinto ensangüentado o post referente à terceira edição do Ensaio no Parque, que ocorreu no ultimo sábado (19), contando mais uma vez com as bandas Overdrive e Sinopse, e ressurgindo literalmente das cinzas com a Los Chicos en Fuego.

E se um evento de tão pequeno porte, à priori elaborado apenas para promover o ensaio aberto ao público de algumas bandas da região, não prometia nada fora dos padrões, foi nesse ponto que a edição surpreendeu com detalhes aparentemente despercebidos. Uma dessas quebras ao estereótipo foi, certamente, o fato de a banda Sinopse não ter sido a primeira a se apresentar, eliminando assim os trocadilhos já costumeiros com seu nome.

Com um desempenho até que minimamente satisfatório para um simples ensaio (e considerando o equipamento de som do evento), apresentando-nos o mesmo padrão “meio-termo” ao qual somos submetidos em suas aparições, mas sem graves deslizes, a Sinopse vem se mostrando num contínuo processo de evolução, podendo, um dia, vir a ser, talvez, Enredo.

Uma vez que a Sinopse, como visto, abdicou de tal função, a abertura do “evento” ficou a cargo da recém ressurgida Los Chicos en Fuego, que deu o ar da graça depois de um período de mais de três meses de sumiço, mesmo que com a chama ainda apagada.

Contando com alguns riffs desavergonhadamente sugados de outras musicas, além de um vocalista com menos teor alcoólico no organismo (o que foi mais uma das surpresas do dia) do que o requerido pelas suas clássicas - e divertidíssimas! - performances destrutivas, a Los Chicos não deixou de nos passar a impressão de quem ainda precisa retomar a energia e o “fio da meada”, mesmo tratando-se de um ensaio, onde (quase) tudo é perdoável.

domingo, março 13

2º dia do Palco Alternativo no Carnaval - Sociedade Imaginária e Maggica

Abrindo o segundo dia do palco alternativo no carnaval, que dispensa introduções, os não-tão-veteranos (?) da banda Sociedade Imaginária subiram ao palco para nos proporcionar o que seria o maior show daquela noite. É uma pena que em vez de música, fez-se um show de humor.

O vocalista, que tanto se esforçava para se mostrar á vontade diante da platéia inexplicavelmente grande (a comparar com o dia anterior) através de piadinhas mal sucedidas que forçavam seu entrosamento com os membros da banda, já nos presenteava com a introdução do que viria a ser o verdadeiro circo dos horrores antes mesmo de sua apresentação ter início, mas NADA poderia ter nos preparado para a enxurrada de má qualidade que sucederia tais brincadeirinhas.

Com sua presença de palco absurdamente inferior à que um cabo de vassoura provavelmente teria se ocupasse o seu lugar, o rapaz se mostrou um verdadeiro desafiante a todos os péssimos vocalistas da região com seu timbre que aparentemente tentava unir um vocal rasgado combinado a uma espécie de leve gutural mal sucedido, o que terminou resultando em ruídos semelhantes à animais em agonia.

Outra prova do espírito literalmente trash da Sociedade Imaginária foi a sua incrível capacidade de profanar os mortos, dom que deixaria invejoso qualquer um dos abundantes headbangers do dia anterior, com seus covers que atearam fogo à memória não só de Renato Russo, mas também aos Mamonas Assassinas, impedindo que esses pobres artistas pudessem descansar em paz enquanto suas musicas eram trucidadas da forma mais atroz possível.

Porém, para aliviar tanta agonia em meu âmago ao presenciar tal apresentação que foi seguida ainda pelo “punk” da Overdrive, a banda Maggica surgia para acalentar os espíritos carentes de boa música.

Brindando a volta do guitarrista Edésio, que soube impressionar o público com seu talento, inclusive, capaz de ofuscar a falta de um segundo guitarrista, e reaparecendo depois de um lamentável sumiço aos eventos da região, a Maggica - com seus covers indo de Black Sabbath ao clássico do Survivor - mostrou-se uma verdadeira recompensa para o público que foi capaz de resistir até o final de uma noite já iniciada em meio a tanta selvageria musical.

Palco Alternativo 2º Dia – Overdrive

Antes de qualquer coisa, parece que vou ter que deixar bem claro: gostamos sim de batidas sujas, de acordes simples; de punk, de metal, e outra variantes do rockn’roll, porém não é por conta disso que vou ter que ficar escutando qualquer barulho que se diz rock. Se fosse por qualquer barulho iria ao pagode. Porém me pergunto o porquê de parecer inaceitável o fato de querermos ir para shows com mais qualidade? Imagino que vocês tanto critiquem as letras dos pagodes, e não notem que falta de coerência e pouca vergonha na cara anda existindo nos dois estilos, e em muitos outros também.

Vocês fazem uma banda para fazer música e mandar um felling legal? Ou para mostrar que são uns caras estilosos que tem banda? É imagem que vocês querem??? Ou fazer músicas boas?

E esclareço que nós fazemos (ou tentamos fazer) o blog em anônimo por que não é crédito que queremos, ou medo que temos. Apenas queremos ir para shows que tenham um som bom e bem trabalhado.

Obs.: Somos meninas, nem por isso somos tão bichinhas quanto vocês que se doem por tudo.


Começando:

Meu carnaval foi uma droga, obrigada, para melhorar ele só houve Maggica; no entanto tenho que dar o braço a torcer e admitir que fiquei surpresa com a banda responsável por esse post, banda que por incrível que pareça conseguiu diminuir a dor de cabeça que a banda anterior tinha causado.

Vamos ao que interessa:

Overdrive – Tocando após Sociedade Imaginária, começou empolgante e animada, com batidas bem sintonizadas que poderiam vir a dar excelentes músicas, se houvesse um pouco mais de dedicação do grupo em colocar sentido em suas letras e afinação (na desafinação) de seu vocal.

Mesmo com suas críticas sociais mal feitas, a Overdrive surpreendeu na atual harmonia da banda; demonstrando que tão pegando um bom ritmo e que querem colocar em sua música algo mais que apenas atitude.

Esperamos por uma maior evolução da Overdrive para assim termos realmente uma banda punk legal na região e para enfim poder ir escutar shows que não nos faça desaprender história, geografia, português ou noção de ridículo em geral.

Torcemos por uma reforma na letra das músicas e em uma valorização do vocal, pois a bateria está valorizada o suficiente e isso faz com que as músicas da Overdrive tenham uma pegada legal – mesmo tendo algumas melodias chupadas de outras bandas.

Agradecemos com intensidade por não terem tocado “Aviões caindo sem parar”* (repete mil vezes) uma vez que isso poderia ter trazido uma revolta dos céus e poderíamos acabar vendo “Raios caindo sem parar”.

* Sim, eu sei que esse não é o nome da música.

quarta-feira, março 9

Liberdade de Expressão e Andranjos

Ou melhor:
Liberdade de Expressão X Andranjos

Round 1
Dia 07 de março, carnaval, e como todos sabem a festa da carne, não é a festa da alma, da inteligência, ou da boa música, logo, tivemos um show da Andranjos.
Andranjos, os “anjos andarilhos” queridinhos da cena alternativa da região, conhecidos pelas suas críticas sociais e por valorizarem a liberdade de expressão: deixaram bem claro que não é para isso que vieram.
Mostraram realmente a face da hipocrisia da cena alternativa atual, já que as palavras liberdade e expressão só devem andar juntas quando servem para fins de publicação própria, no caso da Andranjos. Eles não aceitam críticas, eles não querem pessoas que tenham opiniões diferentes às deles, eles querem ser bajulados e adorados. Peço perdão, linchamento ou bullying não vai mudar o fato de que não há NADA no mundo que consiga 100% de aprovação, muito menos a Andranjos.
Cada vez mais em seus shows se mostram indiferentes a todos os outros – calados - grupos de rockeiros que se retiram assim que a Andranjos começa a tocar, e focado apenas no seu grupinho bajulador, a Andranjos parece satisfeita com tão pouco, e não pretende agradar o público fazendo um som de qualidade, preferem ser agradados pelo público, esperando que o fato de integrantes da banda terem filhos seja uma desculpa para procriarem música ruim e serem aplaudidos.
E querido Van: Sobre o seu dedo que andou saltitando por ai, guarde ele para você, vai precisar dele para tocar.

Créditos Finais:
I – Van Lima e seu maravilhoso F5.
II – Andranjos pela maior publicação que o blog já teve (nem o coletânea3 fez melhor)
III – A liberdade de expressão que fez a Andranjos existir.
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PS: Do mesmo modo que nós podemos criticar, vocês também podem revidar; e também podem nos dar o direito a defesa e a integridade física.

terça-feira, março 8

Palco Alternativo do Carnaval - Assassination, Kranyos e Rukha

Assassination – Com o som vindo das profundezas do inferno a banda Satanation tocou o seu metal extremo, excedendo as forças mortais das caixas de som, passando a mais devota mensagem de Satan para nossos meros ouvidos humanos, e como a humanidade é limitada, eis apenas a parte que consegui escutar da mensagem de Satan: Bugrewriumshudw Hurewtooewpd Schudeoosposp Braauuuuuuuww Puuuustipos Lirojloasdoe Mreuuakopodsp Huoooaiiowod Wrogooss Wlistoipsapq... I’opporra K’araio. Mas porra os caras tocam pra cacete! É do demônio.

Kranyos – É uma pena informar-vos que o som de vocês não veio das profundezas tão profundas do inferno - já que as caixas de som não chiavam - mas, calma, o som de vocês também veio do inferno, repito que não escutei a mensagem de Satan novamente, porém notei um ritmo e consegui perceber que dessa vez Satan estava mais calmo quando resolveu passar a mensagem. Com todo respeito aos cultuadores do mestre das trevas (Darth Vader?), mas se for para nós entendermos a mensagem peçam para Satan aliviar um pouquinho no gutural, que eu vou me esforçar em entender.

Rukha – A pacata sopro de vida que esperávamos ansiosos para agitar nossas vidas, mostrou que respeita o nome que tem e foi apenas um sopro de vida, a que prometia ser mais animada banda da noite, que roubou muitos foliões do palco vizinho, também conseguiu entornar o sono na galera. Não sei o que aconteceu, já vi shows melhores da Rukha, continuam mostrando que fazem o som deles no ritmo deles, mas não se sabe ao certo se o desânimo era culpa do público, da banda ou do cansaço do carnaval. Aguardo pelo próximo show, o qual espero, seja mais expressivo na banda. Não mais que isso a comentar por enquanto.
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P.S.: Se a Andranjos já quer nosso fígado, imagina a Assasination.

Palco Alternativo no Carnaval de Petrolina (07/03)– Sinopse/Andranjos.

Como forma de escapismo aos pagodões e KeBrAdEiRaWs da vida, tão comuns à nossa cidade, o público alternativo petrolinense pôde enfim encontrar o seu lugar ao sol (à noite, à chuva ou onde mais a metáfora se encaixar): O palco alternativo no carnaval, mostrando que rock, frevo, pagode e o caralho a quatro ainda podem existir no mesmo território (ou não).
Para o primeiro dia no palco do evento, foram anunciadas as bandas Sinopse, Andranjos e Assassination e incluidas – aparentemente de ultima hora – Kranyos e Rukha.

E como de praxe, esse post poderia iniciar-se de maneira trivial, comentando o desempenho e as falhas de cada apresentação e fazendo uso de “ironia mal feita” para designar as bandas.
Era meu desejo comentar a apresentação da sinopse de forma positiva, o que surpreendeu, uma vez que os “covers” realmente tiveram um desempenho mais satisfatório do que os “originais” e adorados Andranjos e subiram no conceito de muita gente durante sua exibição – mais uma vez ironicamente – curta, mas enérgica.

Poderia desenrolar o segundo parágrafo de forma a comentar a banda Andranjos, mas como poderei fazê-lo? Uma vez que estaria assim instigando a fúria do supremo mestre Van Lima e sua banda e sacerdotes em geral, que parecem simplesmente não suportar a idéia de que alguém não seja capaz de idolatrar sua música? (Banda esta que sempre se diz seguidora de uma das principais ideologias do rock - seja lá qual ramificação deste - que prega a liberdade de expressão, mas demonstra acreditar que a liberdade só existe se for como forma de exaltar seus preciosos egos)

E por simples três motivos bem argumentados e fundamentados, não comentarei mais os Andranjos e sua supremacia nesse blog sujo e desmerecedor de seu talento, sendo eles:

1. Amor à minha vida e integridade física;

2. O fato de alguns integrantes da banda terem FILHOS PARA CRIAR (argumento oferecido por eles, não me perguntem o porquê)

3. Um ultimo e incontestável fato: A perfeição da Andranjos, que não deixa margem para a evidência de nenhum defeito.

Ofereço-os então minhas profundas desculpas por ter ousado não apreciar vosso trabalho: vocês são foda.

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P.S: Observem que há uma assinatura diferente para cada post. Falo apenas por mim.

quinta-feira, março 3

Chá de História

Superando expectativas o Chá de História mostrou-se um evento organizado e responsável, com uma boa diversidade em questão de som, com uma visão voltada para os mais diversos públicos e atenção em questão da qualidade de áudio para se fazer um bom show; e é claro aquele chazinho de canela batizado que era disputado por uma multidão.

Servindo o chá inicial a WR17 tocou suas típicas baladas pops nacionais, tendo uma temporada tenebrosa em meio ao cenário emo, a banda parece ter voltado à forma original e levou para a gente o conforto de batidas suáveis para agüentar o resto da noite, e do chá. Fora a falta de criatividade para o nome da banda, a banda pareceu enfim ter recebido algum luz, colorida demais por sinal, e revolucionário tocando alguma música de Lady Gaga, que agitou alguns, decepcionou outros, mas não foi impossível notar que em questão de sincronia e detalhes musicais a banda não deixa a desejar.

Para o chá das 9h tivemos Apocalypse Reggae com suas calmas batidas e suas pausadas inovações, deliciosas para alguns, tediosas para outros. Mostrando uma rápida modificação dos shows anteriores – que não consigo lembrar agora, e pelo jeito nem no futuro – Apocalypse Reggae não foi um dilúvio, porém agitou a galera.

A constipação não ajudou para a atenção nas bandas, e claro a Sinopse só fez a constipação piorar, em meios a delírios de canelas e sonhos de vodca Sinopse passou apagadinho a não ser pela clara qualidade de som que caiu assim que colocaram as batidas simples e um vocal sem afinação para tocar.

Os Jeans, tristemente, tocando apenas seis musicas começaram bem desarmonizados até a entrada da bateria que pareceu ajustar o ritmo da banda e então começou a animar a galera que respondeu bem ao banho de músicas conhecidas tendo destaque para a música: Esfinge Upeana – ou algo assim – como foi pouco mostrado o trabalho da banda, não posso comentar mais que isso.

E se despedindo do chá que havia acabado Tico e Mariano mostraram com orgulho que podem não ter um nome para a banda, mas talento e criatividade tem de sobre, com direito a muita animação e a instrumento chileno, fecharam o show muito bem com as mais diversas músicas nos mais diversos tipos de pedida.