sábado, dezembro 3

Domingo no Parque - Conspiracy Theory, WR17 e Crazy Train

Depois de muito remoer com preguiça de postar uma semana imensamente atribulada, eis que aparecemos para compartilhar nossa visão de merda sobre o primo rico do Ensaio no Parque, agora chamado de Projeto Domingo no Parque para dar todo aquele glamour e aquela emoção de coisa séria (ou de ação social) com gostinho de apoio da prefeitura de Petrolina.

Antes de qualquer coisa, vou logo adiantando no inicio do post que nossa excelência em falhar “profissionalmente” não nos permitiu assistir a todas as apresentações, o que exclui os comentários sobre as bandas Bazzara e 4 Jeans no evento. Espero que um dia os integrantes de tais bandas, uma vez curados da depressão profunda, possam nos perdoar a respeito dessa atroz exclusão que sofreram. Amém.

Dando inicio a uma empolgante tarde embebida no rock de qualidade, alucinando toda uma multidão ensandecida e brindando-nos com seu som, os “novatos” da Conspiracy Theory vieram aos palcos, com uma apresentação que – segundo opiniões de terceiros, uma vez que eu (Purple) os assistia pela primeira vez – se mostrou bem melhor que a anterior. De fato, a banda não foi o pior sacrilégio que meus ouvidos calejados com a cena local (não, não vou fingir que todas as bandas da cidade prestam só para incentivar o cenário alternativo. A maioria de vocês já faz isso por mim) chegaram a conhecer. Um destaque para o baterista e alguns covers relativamente assustadores (não exatamente no bom sentido) de bandas como Mötorhead, e estamos resolvidos.

Seguindo a Conspiracy Theory 99, foi a vez da WR17, que não é mais novidade para ninguém, tomar a atenção do público. E, ouso dizer, foi então que as coisas se tornaram divertidas.
Obviamente, qualquer um que já tenha um conhecimento prévio a respeito do perfil do blog pode deduzir que o nosso conceito de “divertido” não é exatamente em relação à qualidade. Mas enfim, vamos ao que interessa.
Com alguns arranjos interessantes (sim, é eufemismo) e uma gigante dose de coragem, os meninos da WR17 investiram sua apresentação, para nosso deleite, nos covers dos maiores clássicos do cenário underground punk hardcore fodão maligno e superior 666, a exemplo da música “choram as rosas”, de Bruno e Marrone. ( de qualquer forma, eles merecem pontos pela ousadia. Confesso)
A parte boa veio para quem estava cansado de ter suas músicas preferidas destroçadas em covers mal-feitos (deixando claro que me refiro às bandas de forma geral aqui, e não somente à WR17. Guardem suas pedras): Destroçaram então as músicas que não gostávamos.

Jogada de mestre! Genial!
Se a idéia não me cheirasse a plágio, minha próxima sugestão seria um cover da Lady GaGa.

E então foi a vez da Crazy Train, digo, Maggica... não, não, Crazy Train mesmo, tomar o seu lugar no palco e, com seus covers do Black Sabbath finalmente nos consolaram com uma dose de música de verdade, proporcionando ao público o momento mais animado até então e tirando de mim a oportunidade de falar mal e enrolar parágrafos. Odeio escrever sobre bandas boas.

Por fim, como já justificado no inicio do post, nos dedicamos em perder as apresentações das bandas Bazzara e 4 Jeans na intenção de salvar o pouco de dignidade que restava em nossas almas. Ou não.