sexta-feira, dezembro 31

InTenda 2ª edição


É com enorme tristeza, e atraso, que venho dizer que não estavamos sabendo da segunda edição, e logo,  não fomos, por isso não temos nada para comentar sobre, e é definitivamente uma pena.

domingo, dezembro 19

Bye Bye, Bye Bye!

Desculpem a demora meus queridos e assíduos leitores, mas tive muitos imprevistos - como sempre - e não pude postar em dia. Tentando atualizar agora.

Nos dias 09, 10, 11 e quase 12 de dezembro foi realizado em Juazeiro a 14ª Edição do Bye Bye, evento promovido Moto Clube Asa da Chapada, visando a confraternização dos motociclistas do Estado da Bahia. O evento que todo ano sorteia uma cidade da Bahia e coloca em destaque a cidade sorteada, seus principais representantes, e, seus pontos turístico. Para nossa felicidade essa cidade sorteada foi Juazeiro.
Eu vi com muita emoção que iríamos, enfim, ter em JUAZEIRO um grande evento que não seria de pagode ou afins... E entendi, com muita tristeza que isso não daria certo, porque seria em JUAZEIRO. Porque não em Petrolina ??? (é um evento do Estado da Bahia!!!.)

E assim começa o livro desse relato assombroso...

Era Uma Vez... em um dezembro ensolarado, para o qual não se esperava mais do que o show do Kid Abelha e do pai do Fiuk (outrora Fábio Jr.); um grupo de motociclistas da Bahia decide fazer um evento visando inovar e lucrar; vender e divulgar seus trabalhos e divertir a todos.
Nesse mesmo belo dia de sol armam suas tendas na orla de Juazeiro, para um evento da cultura moto-ciclística de quatro dias, tendo como grande ápice festivo o dia 11 e para uma finalização especial a repetição do dia 9 no dia 12 o que obviamente atrairia o público com os grandes destaques do dia 9 NOVAMENTE no dia 12.
Dia 9 de dezembro, estandes de motos dos mais diversos fabricantes disputam o espaço por esse empolgado duelo nesse centro de motoqueiros ousados, onde a ferocidade é a marca dos Born to be Wild. A ousadia é tanta que chegam cada vez mais motoqueiros com suas Pops 100 cilindradas tunadas com neons coloridos, é tanta selvageria que Biz rosas entram empinando, e tamanha a violência que boa parte do público some. É um ultraje histórico contra a boa civilização dos motoqueiros.
Quinta-feira (ainda dia 9) a violência é pura, os produtores do evento perdem o controle sobre os seus instintos selvagens e começam empolgados, e, para perturbar a todos e não deixar ninguém dormir, abrem o show com o som mecânico das pops e traxx e logo após Vhyvid começa a tocar...seguida por Hybrid, a violência da Hybrid faz a guitarra desafinar e a platéia foge em delírio... Os produtores pensando em seu lucros pedem para a Dr. Blues entrar logo em cena e finalizar a festa com calma.
Perdão, caros leitores, essa parte da narrativa foi feita através de relatos de outros que estavam na festa porque em meio de tanta selvageria passei lá rápido e com medo fugi, admito.
Sexta-feira, dia 10, disputando o público com o Kid Abelha os produtores preferiram começar calmamente com Dr. Blues, esperando colocar logo depois Renato Rio Blues, Nil Brazil e Banda A5.
Desculpem-me novamente, tive a informação de que a seção de pancadaria sonora do Kid Abelha estava mais light então preferi ficar por lá e não posso relatar o dia 10.
Sábado, dia 11, o tempo fecha em Juazeiro, nuvens negras se sobrepõem às tendas e deixam claro que só os fortes sobreviverão - e que o pai do Fiuk está na área e disputa a platéia - é tanta* água que despenca, que, pouco se sabe da Banda Renato Rio Blues, que toca novamente; é tanta água que as pops tunadas somem, e não habita mais aquele habitat a violências das biz rosas. E só os corajosos prevalecem, a banda Secabudega se mantém firme no palco, eles que seriam classificados como os engomadinhos, permaneceram firme e forte debaixo da tempestade, enquanto a outra banda se mantia aquecida. O pequeno público que estava entre eles, eu lá, se sentiu vitorioso. SÓ OS FORTES PREVALECEM!
A chuva acaba e bem sequinhos e arrumadinhos entra os músicos da banda Time – Momento do rock (e da falta de criatividade para nomes) com toda sua fúria seca e atrasada e seu inglês cruel, ferindo nossos tímpanos com perfeita pronúncia...
Mesmo depois da tentativa da Time de expulsar o público, os fortes ainda prevalecem, molhados mas prevalecem, e esperam ansiosos o momento mais esperado do Show (sem ironia aqui) On The Rocks, que levanta e agita o pequeno público.


Domingo, dia 12. O céu está claro as nuvens estão satisfeitas, apenas o barulho de tendas sendo desarmadas, a vitória de Juazeiro, a cidade sem lei e sem roqueiros, sobre o Bye Bye, a cruel cidade, expulsa os motociclistas sem muito lucros tentando apenas sumir dali o mais rápido possível. Nenhuma banda toca, os vagalumes iluminam fracamente as algas no rio, os grilos persistem em cricrilar mais alto que as triste conversas e assim termina o Bye Bye.
Desde então Juazeiro foi riscada da lista de cidade da Bahia onde o evento poderia ser realizado.
...FIM
*Tanta água para Petrolina e Juazeiro, convenhamos aquilo ali foi uma chuvinha.

quinta-feira, dezembro 16

Vejam e entendam.

Poderíamos (olha o plural!) iniciar este post com a breve constatação de que "A verdade dói para quem não sabe ouvì-la", mas sabemos que seria um equívoco.

Padeiros fazem pães, críticos fazem críticas e músicos deveriam fazer música. E para cada vez o pão ficar mais macio e gostoso, as criticas afiadas e concretas e as músicas harmoniosas e emocionantes, devemos trabalhar nelas e darmos o melhor de nós em busca de qualidade. Porém, no caso da música, não é o que vem acontecendo na região e não me agrada saber que aqui boa música é raridade.

Não vamos nos defender de forma a apresentar nossa opinião como Verdade Absoluta, porque ela não é. Trata-se aqui apenas da exposição de opiniões - em sua maioria (o que significa que não são todas) negativas - sobre determinado trabalho ou banda. São nossas opiniões, caros árduos defensores de "banda tal" e ela permanecerá independentemente de quantos xingamentos nos proferirem.

Se somos apenas "roqueirinhas revoltadas" com "argumentos chulos e infundados", melhor que não leiam isso aqui, pois temos mania de procurar sempre melhorar, e fica cada vez pior.

O blog foi criado com o intuito de criticar sem nenhuma amarra, sim, mas lê e concorda com nossas críticas quem quer. Quem se sente ofendido recolhe-se ao seu canto, vai aos shows e prestigia os artistas, coisa que nós - nem se desejarmos - seremos capazes de impedir.

Quanto aos "artistas" da região que se sentem lesados por nossas críticas, poderiam encarar a coisa de forma a perceber os próprios erros e corrigi-los (e se não crêem que os que apontamos aqui são os piores, procurem. Todo artista comete erros, ninguém está livre disso), pois só assim nossa opinião pode mudar. Vale lembrar que nós também somos seu público. A diferença é que acreditamos que "incentivar a cena alternativa da região" está bem acima de inflar seu ego e os deixar cegos para os próprios defeitos.
Vale ressaltar, também, que a dita "ética profissional" não impera nesse recinto. Zuamos, sim, fazemos piadas e uso do sarcasmo. Depende apenas de quem lê entender o grau de seriedade que tratamos aqui ou simplesmente ignorar, viver suas vidas e "apreciar seus artistas" independentemente da nossa reles opinião.

P.S: Criticamos aqueles que dizem dominar uma arte e exercem seu trabalho insatisfatoriamente. E isso, definitivamente, não requer que aprendamos esta mesma "arte" como forma de superação.
Eis a diferença: Não sabemos tocar. Não temos uma banda. Enquadrar-se na segunda alternativa se a primeira for o caso, é uma questão de bom-senso.
Portanto, desistam de exigir que "façamos uma banda e toquemos melhor", pois assim passaríamos de críticos à hipócritas.

P.S²: Nós não respondemos comentários como "anônimo". Estaremos sempre logados no blog ao fazê-lo. Qualquer um que o faça está simplesmente tentando se passar por nós... como se fosse necessário.


Para o próximo episódio: Comentários sobre o Bye Bye

domingo, dezembro 5

Cabelo de Serpente e Perfeito Estado

Ora ora, fiquei com as duas melhores bandas, sorteamos a banda que iríamos postar, e vejam bem, fiquei logo com as melhores, que saco sorte!
Cabelo de Serpente vindo para inovar com um violino muito bem posicionado, e uma percussão gostosa, definitivamente não é o meu estilo, mas quando a qualidade é boa temos que comentar, e apreciar algo bem feito, os caras inovaram sem exagerar (diferente de outras bandas) tocaram bem e deram um show (o que deveria ser o objetivo de todas as bandas) com os instrumentos em harmonia (também deveria ser o objetivo das outras bandas), usando os mais variados tipos de instrumentos em musicas regionais; um violino, um pandeiro, duas guitarras, uma percussão e muito viceoxentebichim. Um maracatu misturado com novidade que vale a pena parar para assistir. Deixou a desejar a voz do vocalista (que tem uma boa presença de palco) mas tem uma voz bem estranha que faz você desentender a musica toda, mas como eles tocam musica conhecidas, muito bem tocadas por sinal, da para reconhecer (sem meus agradecimentos para o vocal), já disse que tinha uma mulher no triângulo, legal.

Perfeito Estado pouco tinha reparado antes neles, já fazem o trabalho deles tocando um nacional balada de 80/90 faz um tempo, logo, aproveitaram esse tempo para não fazer criticas sociais mal-feitas e desenvolverem todo seu potencial musical, o que agradou bastante a boa forma da banda. Performance balanceada, e para quem curte muito um nacional de qualidade foi muito bom.

Orion o que falar da melhor banda de Petrolina (não que isso seja grande coisa)? Se eles tocaram bem? Sim. Que eles têm uma ótima performance? SIM. Que paguei 5 reiais por eles? SIM. E para falar mal das outras bandas? SIM também. 
Os caras são veteranos e perfeccionistas. Ainda estou em êxtase só  de imaginar que podem vir a tocar  "O Fantasma da Ópera" no futuro e que só já não tocam "porque tem algo que não está bom." É admirável ver uma banda se esforçando para nos trazer sempre o melhor. Além da vocalista, seja lá quem for, que arrepia qualquer um. Só falta curtir um pouco mais o trabalho que faz.

Esclarecendo: Bodezila. Produção: Orion. bandas: Overdrive, Vhyvid, Andranjos, Cabelos de  Serpente, Perfeito Estado e, fechando, Orion. No dia 27 se não me engano.

Obs.: Interessante é que muitas bandas reclamaram que da má qualidade do equipamento de som, porém para essas três bandas não tiveram problemas... Muito interessante.

7º Bodezilla - Andranjos e Vhyvid

No último domingo uma verdadeira multidão de cerca de 70 pessoas compareceu ao bairro Areia Branca afim de conferir a 7ª edição do Bodezilla, o evento que reuniu seis bandas alternativas da região e amplificou a péssima qualidade de algumas com um sistema de som que realmente merece um adjetivo de baixo calão. Sim, a palavra é fudido mesmo.
Como a coisa nesse pequeno e fraternal blog funciona de modo que cada newposter se dedica a uma parcela do assunto, comentarei aqui apenas as apresentações de duas das bandas presentes: A não-emo Vhyvid e a filosófica Andranjos.
Vhyvid, banda já muito criticada pelo cenário alternativo underground punk rock death tribal satanista dumal 666 da cidade pela sua imagem tida como “emo teen” (acreditem, essa definição não me pertence) conseguiu instigar em mim tanto simpatia quanto ojeriza.
Simpatia, sim, pois quem faz um cover da Lady GaGa numa versão screamo (combinando o gutural cachorro-louco do vocal masculino com a voz bonita, mas mal aproveitada, da vocalista principal) depois de ser praticamente vaiada e ainda o toca duas vezes merece ao menos alguns pontos por criatividade e coragem.
Já a ojeriza é proveniente da grande maioria das composições próprias da banda que refletem toda a futilidade de suas influências. Temas à lá “Restart” e conflitos adolescentes desnecessários em melodias repetidas.
Poderia, sim, criticar a banda por inúmeros outros motivos existentes, mas eles gritam por si só. Cabe a cada espectador avaliar.
Já a banda Andranjos, que já iniciou a apresentação ignorando os mudos (ou não tão mudos assim) apelos técnicos para que não tocassem e precisou de uma breve pausa para a manutenção do som.
Desta vez o maior ponto positivo da apresentação não fugiu da rotina: O baixista da banda é, ao menos ao meu reles ver, o grande talento da banda que parece ter moral demais e qualidade duvidosa.
Cantando “sucessos” originais como “A 200 km por hora” (uma música rápida. Literalmente!) e “caos” (a palavrinha preferida dos músicos da banda Overdrive, aos quais infelizmente não cabe a mim comentar) e apresentando seu novo trabalho “Amanhã” (estrelada pelos hippies from bambuzinho Petterson e Micharles), os Andranjos não surpreenderam em nada com seu vocal dispensável e suas letras filosoficamente evoluídas. Ou nem tanto assim.

Bodezilla - Overdrive

Eu vi e entendi, que os cegos não vêem, os surdos não escutam e os mudos não falam. E a polícia não é a solução, beber até cair é que é. #CaosEMiséria.

 Update by Purple: Concordância verbal, não nos abandone.
(Eis o perfeito produto do intelecto de quem "desligou a TV e leu vários livros")

terça-feira, novembro 9

In Tenda - Urbe

Me atrasei, perdi o Los Ticos en Fuego (mas não perdi a chance de zuar com o bebo vocalista durante conversa com ele, hehe).
Curtindo o In Tenda feliz... nem tão feliz, então..tentando curtir feliz, em meios as minhas criticas e elogios de todo os outros ao meu redor, quase um ato de suplicar lixação, nada que me fizesse poupar xingamentos para a droga da Bazzara, ou da minha nítida insatisfação com a Desidratados, que só teve público por conta da grande e sem sentido fama de seu vocalista que fez encher a plateia com um bando de amiguinhos puxa-sacos, que querem ser chegados de um carinha que tem banda (Nossa que foda!!! Você conhece ele? Que legal ele tem uma banda! Me apresenta... vou ficar famoso...)... Continuando... ganhou alguns pontos por tocarem The Beatles com um pingo de dignidade (nem vou falar da merda que o vocalista fez com a musica de Nirvana em um extra para a banda anterior a eles) agitando com os Beatles, dessa vez com sinceridade, a plateia; não apenas por a plateia ser vó, irmão, cachorro, parente, chegado ou papagaio, mas por que estavam gostando, o que pareceu raro.
Bom mas não vim aqui com esse tema...
Tenho apenas que comentar O ultimo Show, para apavorar e enlouquecer, para extasiar e enfurecer, satisfazer e estremecer...(e bota estremecer nisso)... com vocês URBE!
Entrando no palco nosso vocalista: Miss Franjinha Simpática com sua presença marcante de não-sou-emo-mas-fico-estiloso (hehe) e sua banda não-tocamos-emocore-e-vamos-provar
Vi... Comprovei...E Fugi... Por que não tinha o menor cabimento, logo apos enfrentar 3 bandas baratas, com repertorio repetido e criatividade nula, ainda ter capacidade psicológica (e fisiológica) para aguentar a fúria nervosa de emos ansiosos fugidos do zoológico, por que eles apavoraram com suas franjas no screamo pesado e apavoraram tanto que o público dos Desidratados não conseguiu suportar.
Vi uma multidão enfurecida sair correndo atrapalhada tentando salvar o pouco que restava dos seus timpanos, a falsa admiração de consideração pelo rockn'roll rolou fora (até porque aquilo não era rockn'roll, então para que fingir mais?), o objetivo principal agora era a salvação. A multidão desesperada espalhou-se pelo centro...e eu fui junto...Porque os emozinhos, não tão emozinhos assim, eram "heavy metal" pesado demais para mim...é screamo cara! Tá, se você diz.
E eu pensando que o tio Ozzy que pegava pesado, e o Dio? Hahaha, quem seria Dio perto deles... e o Bruce... jamais, ele não conseguiria fazer um som tão pesado assim. Depois a gente diz que bichinha é tudo fresca, é por que não viram esses caras tocar.
Mas tenho que admitir em questão de harmonia, a banda estava muito bem, se retirassem o vocalista, se fizessem feito o Rush só instrumental, eu parava para escutar e teria sido a melhor apresentação do In Tenda, mais talento desperdiçado (cara é só tirar o vocalista que fica legal).
Atualização atrasada, e desleixo total, por enquanto, estamos tentando manter uma maior dedicação... mais tarde.

quinta-feira, outubro 21

In Tenda – Bazzara.

Sábado dia 09/10 aconteceu na “Tenda Cultural” do bambuzinho o IN TENDA. Evento que sinceramente, não sei qual era o objetivo.
Tudo começa com nosso querido Alencar (vocal de Los Chicos en Fuego) saindo pra comprar uma cervejinha, e logo após voltando com a mesma, então começa o show, ou freakshow, ou horrorshow. Tudo vai muito “bem”, toda aquela gritaria, guitarra às alturas, onde não dá nem ao menos pra ouvir a voz do vocalista, de menos... Tropeções, arremessos de microfone e puxadas de fio, foram alguns dos vários episódios que ocorreram durante a apresentação da banda (mas tudo bem, isso não faz parte do que venho relatar). Logo depois começa a segunda banda, banda que todos estavam comentando, a mais nova, a mais esperada... BAZZARA...
Putz, Bazzara é uma bandinha do interior de Petrolina (?) fazem um som, é... legal... Os integrantes parecem tentar passar algo, um feeling, que até hoje eu não senti o que é. Seu repertório: Nirvana (logo vou comentar), Guns, Capital Inicial, entre outros bem repetidos.
Cara! Admito estava gostando, minha nota no começo estava sendo de 7,5 até então TUDO aquilo começar a acontecer. Você me pergunta o que realmente aconteceu, e aí eu lhe digo. Um frio me subiu ao estômago, minha cabeça girou. Eles iam tocar Nirvana (minha banda favorita). Medo... foi isso o que eu senti, medo de estragarem a música, medo de me decepcionarem por eu tê-los elogiado, medo de depois ter que ir sujar minha mãos tirando satisfações por terem feito alguma merda. Enfim, a música começou, e eu não sabia se ria ou chorava, eles começaram, eu relaxei um pouco, e depois eles erraram a letra uma vez, e depois duas vezes, e depois uma terceira vez. E comecei a me odiar, por ter em algum momento dito que eles eram bons. Acabou Rape-me e a sensação era de raiva, o ódio me paralisava e não queria sair de mim. Até que, para tentar desfazer o estrago, eles iriam tocar mais uma vez... Nirvana (Porra!!!).
Mas dessa vez ia ser diferente, eles convidaram o vocalista de Desideratu pra cantar com eles, e naquele momento tive um pressentimento, aquilo não ia prestar. Começou Smells, e Lucas cantou e cantou, e chegou ao refrão, opa. E eu senti algo que até hoje eu não consigo explicar. Palavras não saiam da minha boca, e eu vivi naquele momento o pior pesadelo de todos.
“With the lights out it's less dangerous
Here we are now entertain us
I feel stupid and contagious
Here we are now entertain us
A mulatto, an albino, a mosquito, my libido
Yeah! Yay! Yay!”

Apenas sei de uma coisa, eu, naquele momento, queria matar muitas pessoas.
Vivi extremo estado de terror até a música acabar, e nunca em toda a minha vida eu pensei que fosse me decepcionar tanto ao ouvir uma música de Nirvana. O vocalista de Desideratu acabou, humilhou, sujou, e no final, jogou fora o que ainda restava de Smells Like Teen Spirit, o que eu achava que estava ruim com Bazzara, Aparício teve o prazer de estragar mais ainda. Thank you.

Tudo bem, o show de Bazzara ainda não havia acabado. Mas, de onde eu tiraria vontade de assistir algo em que eu fiquei chocada com tanto horror? E só pra piorar o que estava muito “bom”, Desideratu era a próxima banda a se apresentar. Percebi que minha noite ia ser bastante longa... E desagradável...
E, hoje não posso explicar. Vi, e dessa vez, eu não entendi porra nenhuma!

Extra - Versão Aparício do refrão de Smells:
“A de laite alto, i so stranjou
Ri i naw au, interteno
Aími istuped in contagios
Ri i naw au, interteno
A moooolatuuu, a albanuu, a muriçoca, mia libíííduuu
yeEeEaEAEahhhh”

quarta-feira, setembro 1

Raiz e Remix 3.0

Apenas como forma de re-enfatizar as opiniões já expressadas anteriormente a respeito do evento, a terceira resenha do Raiz e Remix, ocorrido no ultimo fim de semana, dispensa mais uma introdução.
O evento que tem como proposta unir no mesmo espaço os fãs tanto da música "de raiz" quanto os do seu completo antônimo: a música eletrônica, sugere uma confraternização democrática e diversificada, o que não podemos negar.

Por outro lado, além do reggae, do Maracatu e da tenda eletrônica, houve também um dos ritmos mais apreciados entre o cenário "alternativo" da cidade: O "Rock" (sim, com aspas!) e é exatamente esta a tecla em que me sinto na obrigação de bater mais uma vez.
Petrolina é uma cidade repleta de pequenas bandas em ascensão que lutam por espaço e visibilidade a cada evento propício e, na maioria das vezes, não obtêm sucesso algum. A resposta é simples: Além de espaço e visibilidade, lhes falta qualidade.
Um exemplo claro de uma dessas afrontas é a "banda" (E mais uma vez as aspas se fazem indispensáveis) Overdrive, que esteve presente no palco alternativo no evento e mostrou-se violentamente ruim em todos os aspectos, do baterista às composições tão repetitivas e medíocres que beiravam (beiravam?) o humor com suas críticas sociais baseadas no eterno clichê de "fome, violência e Aviões caindo sem parar."

E se no primeiro dia do evento Overdrive nos ensurdeceu brindou com sua magnífica apresentação, o dia seguinte foi a vez da banda Maggica roubar a cena, perdendo por pouco o prêmio de "pior da noite" graças ao bom senso que parece tê-los impedido de cantar alguma composição própria (ah, bom senso, por que abandonastes a Overdrive?) e ao guitarrista que desperdiçava seu talento enquanto um péssimo vocalista vomitava pronúncias mal digeridas do seu inglês no público.
Mas não se dêem por satisfeitos, caros leitores, pois logo depois do som agradável - embora numa verdadeira piada performática - do cantor China, a maior atração de Rock sobe ao palco principal e enlouquece a massa de prováveis surdos e dementes de fãs presentes. Sim, estou falando dos Andranjos que encerraram a noite com suas composições filosóficas que aparentavam ter sido arrancadas de redações escolares do primário, a prova de que reconhecimento nem sempre requer qualidade.

A verdade é que não duvido do potencial de qualquer mini-banda de garagem, mas independentemente do incentivo que os novos "talentos" precisam e recebem cada vez mais na região, é importante ressaltar: O reconhecimento nunca virá antes de um motivo para tal. - Ao menos não da minha parte e da pequena parcela de pessoas que aprecia a boa e velha música, e não uma caricatura desta.


domingo, agosto 29

Raiz e Remix 2.0

Na sexta feira, dia 27 de agosto aconteceu o primeiro dia do famoso e sempre muito esperado Raiz e Remiz. Esse ano com a estrelinha número 5, no qual todos os frequentadores e organizadores esperavam que fosse o melhor. Mas não foi!

Toda aquela coisa impressionante de cinco anos de Raiz e Remix, para no final você perceber o quanto ele foi simplesmente igual a todas as edições. Tudo bem, claro, tinha bandas como China (que ocorreu no segundo dia) que impressionou a muitos, incluindo a mim também, com a sensacional performance do vocalista. Samba de véi, reggae e maracatu(?), foram alguns dos vários estilos de dança dele. Algo que me chamou bastante atenção também foi o guitarrista da banda, que superou o restante dos integrantes.

Isaar e Matingueiros são outras, das poucas bandas que se safaram. Mas ai você me pergunta, ‘e porquê que essa edição não foi a melhor?’. Simples, por que sempre tem aqueles babacas retardados que acham que sabem alguma coisa sobre música. Resposta: não sabem porra nenhuma. Juntam um monte de merda que eles vêem, copiam a droga de uma melodia, só fazendo algumas modificações para não ficar tão óbvio, e no final dá nesse resultado: 'Aviões caindo sem parar (6x)'.

Cara, será que é complicado, você simplesmente fazer algo que preste? Para de gritar e repetir a mesma porcaria, e tenta fazer algo de útil na bosta da tua música, se é que isso que vocês (pensam que) cantam se chama música. Agora, imagina a revolta de fãs, quando essas supostas bandas as quais não é preciso nem citar os nomes, pegam a música da sua banda favorita, e esculacham a letra com seu inglês sujo e mal falado, e a destroem com a merda do seu solo?

Vocês estão sinceramente...

Da vontade de espancá-los até a morte, por terem feito isso com a sua música. Como podem pegá-las (as músicas originais) e fazer com elas o que quiserem? Isso acaba com a imagem da banda original, na qual teve a sua brilhante e cristalina idéia de escrever e criar aquela música, com muita força de pensar, para então os supostos músicos maravilhosos, chegarem e tentarem copiá-la por serem tão originais como os verdadeiros músicos.

E os fãs dessas coisas? É tão difícil imaginar como pode alguém gostar dessas criaturas. Mas sempre tem um palhaço que acha que aquilo que ele escuta, é bom. Pessoa sem cultura e bom gosto é o nome disso. Ficam lá, batendo cabeça, enquanto a banda acha que está arrasando no palco. E ai você diz, não estão tocando porra nenhuma. Mas como pessoas amadoras de Heavy Metal não conseguem fazer o que seus ídolos fazem? Simplesmente porque eles não são do mesmo nível que seus ídolos, e assim, ficam tentando imitá-los com suas melodias fracas e patéticas cobertas de nada. Caramba, se não sabe, não faz! Isso é tão simples. Por que sempre continuar insistindo em uma coisa que você não é capaz de fazer? Mais uma resposta na cara: por que eles querem ser humilhados e chamados de “seus merdas”!(Ou não!).

"O tempo é o fracasso dos sonhadores", isso mesmo que você leu, ainda fico me perguntando o que eles quiseram dizer com isso. Minha cabeça não para de dar voltas com as coisas que eu vi e ouvi. Porque, no final não consigo arrumar uma resposta concreta pra tudo isso... Com sequelas.

P.S.: O Raiz foi legal. xD

Raiz e Remix


Eu vi nos dias 27 e 28 de Agosto há quatro anos acontecer o Raiz e Remix na cidade de Petrolina, e esse ano não foi exceção; eu vi, presenciei, e entendi.
Comemorando os 5 anos do evento, não posso dizer que foi renovador, ou o melhor evento da região. Claro que é legal ter um evento cultural (entenda-se boa cultura) na região, já que é raro acontecer um evento cultural na ante-sala do inferno, e normalmente quando acontece um evento na ante-sala do inferno é um tormento, não é bem a personificação da qualidade da boa cultura, é mais um antro de demoninhos em acasalamento (leia-se: puxada e festas demoníacas em geral).
Mas eu não posso simplesmente me contentar com o fato de acontecer um evento: “Evento cultural na região tenho que valorizar! Nunca acontece! Vamos esquecer nosso senso criticaoem casa e aproveitar!!!”... Acho que não!
Eu entendi... Que a culpa não é do organizador - claro que não, a culpa é da falta de diversidade – e noção de qualidade – das pessoas da região, a idéia organizacional do evento é brilhante, e as tendas então, dou meu voto de promissor... Não posso falar o mesmo do que é exposto nas tendas e de como essa organização é aproveitada: aproveitamos para incentivar a exposição de cultura da região... O problema é que: Não, não tem tanta cultura assim na região, então por que não expormos bem mais do que a valorização só dos artistas da região, pensei que fosse um evento de diversidade cultural, e cadê a diversidade? E a melhor parte:
Tem marcado assídua presença no evento a banda Matingueiros (/o/ \o/ \o\, viva , viva , aplausos), e todos os fãs (amo os Matingueiros de paixão, ou não) se divertem mostrando como valorizam o som dos caras que sabem todas as letras (até as que ainda não foram lançadas – algo que não é tão difícil, a letra é fácil), admitindo que a batida é muito gostosa, mas qual o problema nisso? Que logo após o fim do show dos Matingueiros – que fazem um som legal que eu NÃO gosto – esses mesmo fãs vão escutar o quê??? O quê??? Overdrive... e a platéia se desespera de paixão pelo gutural do vocalista - que eu não sei o nome, e prefiro nem saber. 500 Watt de sintam a tensão:
“Essa vida de miséria não pode continuar”... repete isso 50 vezes, coloca o cara gritando desafinadamente em um palquinho no Raiz e Remix e o que temos? 150 fãs desesperados de amor pela complexidade do som, e umas 4 tietes de palco, que com certeza vão querer o vocalista ; ). Sente só a qualidade:

Me arrependi de não gravar para vocês – irritados leitores – a melhor música da banda “Aviões caindo sem parar” repete 800 vezes.
Prometo para o futuro um estudo complexo das melhores musica da Overdrive.
Mas que é isso? Como eu poderia esquecer a melhor banda da região, “nossa” “querida” Andranjos, que tem toda uma coleção de críticas sociais (de novo isso?), mas tem também um baterista que podia ser maconheiro (opps?), um guitarrista que poderia ser vocalista, e um vocalista que não poderia ser barman (hehe).
Uma palhinha da complexa letra:
“O tempo é a insônia da eternidade”
Noção... Meu chapa, você não tem nenhuma:
“O tempo é o fracasso do sonhador”
Caos, caos, caoooos.
“A 200 km/h” x 1.000.000.000
Acho que é isso.

Por favor, alguém poderia arrancar isso da minha memória e aproveitar e restaurar meus tímpanos, depois de escutar isso em mais de 2.000 Watt, não sobrou muita coisa...:

Detalhe bobo, a banda, sem o vocalista, toca bem...


Obs.: Quando é citado cultura sempre subentenda: boa cultura.


Opps... Bem vindos!