sexta-feira, dezembro 31

InTenda 2ª edição


É com enorme tristeza, e atraso, que venho dizer que não estavamos sabendo da segunda edição, e logo,  não fomos, por isso não temos nada para comentar sobre, e é definitivamente uma pena.

domingo, dezembro 19

Bye Bye, Bye Bye!

Desculpem a demora meus queridos e assíduos leitores, mas tive muitos imprevistos - como sempre - e não pude postar em dia. Tentando atualizar agora.

Nos dias 09, 10, 11 e quase 12 de dezembro foi realizado em Juazeiro a 14ª Edição do Bye Bye, evento promovido Moto Clube Asa da Chapada, visando a confraternização dos motociclistas do Estado da Bahia. O evento que todo ano sorteia uma cidade da Bahia e coloca em destaque a cidade sorteada, seus principais representantes, e, seus pontos turístico. Para nossa felicidade essa cidade sorteada foi Juazeiro.
Eu vi com muita emoção que iríamos, enfim, ter em JUAZEIRO um grande evento que não seria de pagode ou afins... E entendi, com muita tristeza que isso não daria certo, porque seria em JUAZEIRO. Porque não em Petrolina ??? (é um evento do Estado da Bahia!!!.)

E assim começa o livro desse relato assombroso...

Era Uma Vez... em um dezembro ensolarado, para o qual não se esperava mais do que o show do Kid Abelha e do pai do Fiuk (outrora Fábio Jr.); um grupo de motociclistas da Bahia decide fazer um evento visando inovar e lucrar; vender e divulgar seus trabalhos e divertir a todos.
Nesse mesmo belo dia de sol armam suas tendas na orla de Juazeiro, para um evento da cultura moto-ciclística de quatro dias, tendo como grande ápice festivo o dia 11 e para uma finalização especial a repetição do dia 9 no dia 12 o que obviamente atrairia o público com os grandes destaques do dia 9 NOVAMENTE no dia 12.
Dia 9 de dezembro, estandes de motos dos mais diversos fabricantes disputam o espaço por esse empolgado duelo nesse centro de motoqueiros ousados, onde a ferocidade é a marca dos Born to be Wild. A ousadia é tanta que chegam cada vez mais motoqueiros com suas Pops 100 cilindradas tunadas com neons coloridos, é tanta selvageria que Biz rosas entram empinando, e tamanha a violência que boa parte do público some. É um ultraje histórico contra a boa civilização dos motoqueiros.
Quinta-feira (ainda dia 9) a violência é pura, os produtores do evento perdem o controle sobre os seus instintos selvagens e começam empolgados, e, para perturbar a todos e não deixar ninguém dormir, abrem o show com o som mecânico das pops e traxx e logo após Vhyvid começa a tocar...seguida por Hybrid, a violência da Hybrid faz a guitarra desafinar e a platéia foge em delírio... Os produtores pensando em seu lucros pedem para a Dr. Blues entrar logo em cena e finalizar a festa com calma.
Perdão, caros leitores, essa parte da narrativa foi feita através de relatos de outros que estavam na festa porque em meio de tanta selvageria passei lá rápido e com medo fugi, admito.
Sexta-feira, dia 10, disputando o público com o Kid Abelha os produtores preferiram começar calmamente com Dr. Blues, esperando colocar logo depois Renato Rio Blues, Nil Brazil e Banda A5.
Desculpem-me novamente, tive a informação de que a seção de pancadaria sonora do Kid Abelha estava mais light então preferi ficar por lá e não posso relatar o dia 10.
Sábado, dia 11, o tempo fecha em Juazeiro, nuvens negras se sobrepõem às tendas e deixam claro que só os fortes sobreviverão - e que o pai do Fiuk está na área e disputa a platéia - é tanta* água que despenca, que, pouco se sabe da Banda Renato Rio Blues, que toca novamente; é tanta água que as pops tunadas somem, e não habita mais aquele habitat a violências das biz rosas. E só os corajosos prevalecem, a banda Secabudega se mantém firme no palco, eles que seriam classificados como os engomadinhos, permaneceram firme e forte debaixo da tempestade, enquanto a outra banda se mantia aquecida. O pequeno público que estava entre eles, eu lá, se sentiu vitorioso. SÓ OS FORTES PREVALECEM!
A chuva acaba e bem sequinhos e arrumadinhos entra os músicos da banda Time – Momento do rock (e da falta de criatividade para nomes) com toda sua fúria seca e atrasada e seu inglês cruel, ferindo nossos tímpanos com perfeita pronúncia...
Mesmo depois da tentativa da Time de expulsar o público, os fortes ainda prevalecem, molhados mas prevalecem, e esperam ansiosos o momento mais esperado do Show (sem ironia aqui) On The Rocks, que levanta e agita o pequeno público.


Domingo, dia 12. O céu está claro as nuvens estão satisfeitas, apenas o barulho de tendas sendo desarmadas, a vitória de Juazeiro, a cidade sem lei e sem roqueiros, sobre o Bye Bye, a cruel cidade, expulsa os motociclistas sem muito lucros tentando apenas sumir dali o mais rápido possível. Nenhuma banda toca, os vagalumes iluminam fracamente as algas no rio, os grilos persistem em cricrilar mais alto que as triste conversas e assim termina o Bye Bye.
Desde então Juazeiro foi riscada da lista de cidade da Bahia onde o evento poderia ser realizado.
...FIM
*Tanta água para Petrolina e Juazeiro, convenhamos aquilo ali foi uma chuvinha.

quinta-feira, dezembro 16

Vejam e entendam.

Poderíamos (olha o plural!) iniciar este post com a breve constatação de que "A verdade dói para quem não sabe ouvì-la", mas sabemos que seria um equívoco.

Padeiros fazem pães, críticos fazem críticas e músicos deveriam fazer música. E para cada vez o pão ficar mais macio e gostoso, as criticas afiadas e concretas e as músicas harmoniosas e emocionantes, devemos trabalhar nelas e darmos o melhor de nós em busca de qualidade. Porém, no caso da música, não é o que vem acontecendo na região e não me agrada saber que aqui boa música é raridade.

Não vamos nos defender de forma a apresentar nossa opinião como Verdade Absoluta, porque ela não é. Trata-se aqui apenas da exposição de opiniões - em sua maioria (o que significa que não são todas) negativas - sobre determinado trabalho ou banda. São nossas opiniões, caros árduos defensores de "banda tal" e ela permanecerá independentemente de quantos xingamentos nos proferirem.

Se somos apenas "roqueirinhas revoltadas" com "argumentos chulos e infundados", melhor que não leiam isso aqui, pois temos mania de procurar sempre melhorar, e fica cada vez pior.

O blog foi criado com o intuito de criticar sem nenhuma amarra, sim, mas lê e concorda com nossas críticas quem quer. Quem se sente ofendido recolhe-se ao seu canto, vai aos shows e prestigia os artistas, coisa que nós - nem se desejarmos - seremos capazes de impedir.

Quanto aos "artistas" da região que se sentem lesados por nossas críticas, poderiam encarar a coisa de forma a perceber os próprios erros e corrigi-los (e se não crêem que os que apontamos aqui são os piores, procurem. Todo artista comete erros, ninguém está livre disso), pois só assim nossa opinião pode mudar. Vale lembrar que nós também somos seu público. A diferença é que acreditamos que "incentivar a cena alternativa da região" está bem acima de inflar seu ego e os deixar cegos para os próprios defeitos.
Vale ressaltar, também, que a dita "ética profissional" não impera nesse recinto. Zuamos, sim, fazemos piadas e uso do sarcasmo. Depende apenas de quem lê entender o grau de seriedade que tratamos aqui ou simplesmente ignorar, viver suas vidas e "apreciar seus artistas" independentemente da nossa reles opinião.

P.S: Criticamos aqueles que dizem dominar uma arte e exercem seu trabalho insatisfatoriamente. E isso, definitivamente, não requer que aprendamos esta mesma "arte" como forma de superação.
Eis a diferença: Não sabemos tocar. Não temos uma banda. Enquadrar-se na segunda alternativa se a primeira for o caso, é uma questão de bom-senso.
Portanto, desistam de exigir que "façamos uma banda e toquemos melhor", pois assim passaríamos de críticos à hipócritas.

P.S²: Nós não respondemos comentários como "anônimo". Estaremos sempre logados no blog ao fazê-lo. Qualquer um que o faça está simplesmente tentando se passar por nós... como se fosse necessário.


Para o próximo episódio: Comentários sobre o Bye Bye

domingo, dezembro 5

Cabelo de Serpente e Perfeito Estado

Ora ora, fiquei com as duas melhores bandas, sorteamos a banda que iríamos postar, e vejam bem, fiquei logo com as melhores, que saco sorte!
Cabelo de Serpente vindo para inovar com um violino muito bem posicionado, e uma percussão gostosa, definitivamente não é o meu estilo, mas quando a qualidade é boa temos que comentar, e apreciar algo bem feito, os caras inovaram sem exagerar (diferente de outras bandas) tocaram bem e deram um show (o que deveria ser o objetivo de todas as bandas) com os instrumentos em harmonia (também deveria ser o objetivo das outras bandas), usando os mais variados tipos de instrumentos em musicas regionais; um violino, um pandeiro, duas guitarras, uma percussão e muito viceoxentebichim. Um maracatu misturado com novidade que vale a pena parar para assistir. Deixou a desejar a voz do vocalista (que tem uma boa presença de palco) mas tem uma voz bem estranha que faz você desentender a musica toda, mas como eles tocam musica conhecidas, muito bem tocadas por sinal, da para reconhecer (sem meus agradecimentos para o vocal), já disse que tinha uma mulher no triângulo, legal.

Perfeito Estado pouco tinha reparado antes neles, já fazem o trabalho deles tocando um nacional balada de 80/90 faz um tempo, logo, aproveitaram esse tempo para não fazer criticas sociais mal-feitas e desenvolverem todo seu potencial musical, o que agradou bastante a boa forma da banda. Performance balanceada, e para quem curte muito um nacional de qualidade foi muito bom.

Orion o que falar da melhor banda de Petrolina (não que isso seja grande coisa)? Se eles tocaram bem? Sim. Que eles têm uma ótima performance? SIM. Que paguei 5 reiais por eles? SIM. E para falar mal das outras bandas? SIM também. 
Os caras são veteranos e perfeccionistas. Ainda estou em êxtase só  de imaginar que podem vir a tocar  "O Fantasma da Ópera" no futuro e que só já não tocam "porque tem algo que não está bom." É admirável ver uma banda se esforçando para nos trazer sempre o melhor. Além da vocalista, seja lá quem for, que arrepia qualquer um. Só falta curtir um pouco mais o trabalho que faz.

Esclarecendo: Bodezila. Produção: Orion. bandas: Overdrive, Vhyvid, Andranjos, Cabelos de  Serpente, Perfeito Estado e, fechando, Orion. No dia 27 se não me engano.

Obs.: Interessante é que muitas bandas reclamaram que da má qualidade do equipamento de som, porém para essas três bandas não tiveram problemas... Muito interessante.

7º Bodezilla - Andranjos e Vhyvid

No último domingo uma verdadeira multidão de cerca de 70 pessoas compareceu ao bairro Areia Branca afim de conferir a 7ª edição do Bodezilla, o evento que reuniu seis bandas alternativas da região e amplificou a péssima qualidade de algumas com um sistema de som que realmente merece um adjetivo de baixo calão. Sim, a palavra é fudido mesmo.
Como a coisa nesse pequeno e fraternal blog funciona de modo que cada newposter se dedica a uma parcela do assunto, comentarei aqui apenas as apresentações de duas das bandas presentes: A não-emo Vhyvid e a filosófica Andranjos.
Vhyvid, banda já muito criticada pelo cenário alternativo underground punk rock death tribal satanista dumal 666 da cidade pela sua imagem tida como “emo teen” (acreditem, essa definição não me pertence) conseguiu instigar em mim tanto simpatia quanto ojeriza.
Simpatia, sim, pois quem faz um cover da Lady GaGa numa versão screamo (combinando o gutural cachorro-louco do vocal masculino com a voz bonita, mas mal aproveitada, da vocalista principal) depois de ser praticamente vaiada e ainda o toca duas vezes merece ao menos alguns pontos por criatividade e coragem.
Já a ojeriza é proveniente da grande maioria das composições próprias da banda que refletem toda a futilidade de suas influências. Temas à lá “Restart” e conflitos adolescentes desnecessários em melodias repetidas.
Poderia, sim, criticar a banda por inúmeros outros motivos existentes, mas eles gritam por si só. Cabe a cada espectador avaliar.
Já a banda Andranjos, que já iniciou a apresentação ignorando os mudos (ou não tão mudos assim) apelos técnicos para que não tocassem e precisou de uma breve pausa para a manutenção do som.
Desta vez o maior ponto positivo da apresentação não fugiu da rotina: O baixista da banda é, ao menos ao meu reles ver, o grande talento da banda que parece ter moral demais e qualidade duvidosa.
Cantando “sucessos” originais como “A 200 km por hora” (uma música rápida. Literalmente!) e “caos” (a palavrinha preferida dos músicos da banda Overdrive, aos quais infelizmente não cabe a mim comentar) e apresentando seu novo trabalho “Amanhã” (estrelada pelos hippies from bambuzinho Petterson e Micharles), os Andranjos não surpreenderam em nada com seu vocal dispensável e suas letras filosoficamente evoluídas. Ou nem tanto assim.

Bodezilla - Overdrive

Eu vi e entendi, que os cegos não vêem, os surdos não escutam e os mudos não falam. E a polícia não é a solução, beber até cair é que é. #CaosEMiséria.

 Update by Purple: Concordância verbal, não nos abandone.
(Eis o perfeito produto do intelecto de quem "desligou a TV e leu vários livros")