sexta-feira, julho 22

Moto Chico - Domingo (10 de Julho)


Enfim, depois de muita preguiça e dispensando introduções... postando.
A Whisky Rose sobe ao palco numa tardezinha de domingo com um público "super animado e presente". Seus figurinos mostram que eles estão ali para fazer o melhor cover de Guns e que não estão ligando pra o quê a galera vai falar. (Queria essa auto-estima pra mim)
Decepcionando geral e excedendo os limites das apresentações deploráveis a Whisky Rose só fez concluir a minha certeza de que seu cover é uma merda e que os gritinhos agudos do vocalista são capazes de agoniar até o maior fã da Restart, de tão desafinado que é; a falta de conhecimento das letras das músicas só faz piorar o bolo todo, somando-se a isso a postura forçada de seu "Axl Rose".
Me alivia notar que mais pessoas compartilham dessa opinião, e o mundo não está totalmente perdido; tal foi minha felicudade em escutar: “Sai daí seu merda." "Você merece morrer!” (adoro isso xDD) foram alguns dos vários comentários que eu ouvi de um grupo de gunners logo atrás de mim. Ao dar uma olhada geral em torno da galera, vi expressões muito distintas até, agonia, raiva, decepção, coisas tipo: WTF?... alimentava o sentimento de admiração do público pela banda. Tudo bem que eles escolheram a banda errada para fazer cover, mas ao menos poderiam não ter denegrido tanto a imagem de uma banda que move multidões.
Duas constatações fazem-se óbvias na Whisky Rose, mas vamos deixar evidente. Primeira: o vocal quer ser a encarnação não ressucitada de seu ídolo e consegue ser extremamente humilhante para este; se visse isso o coitado do Axl iria querer cavar a própria cova ou sair aterrorizado, pois o vocal da Whisky Rose assusta as pessoas com seus gritos histéricos e agourentos. Segunda: com doze anos de banda ele ainda não conseguiu aprender as letras mais fáceis... e nem a ter bom gosto. Eles deviam primeiramente mudar a banda que serve de inspiração, e segundo, se aprender inglês é pedir demais, no mínimo, decorar as letras direito. Tenho certeza que assim poderiam ter mais progresso, ou no mínimo tornaria-se escutável!
Penosamente erraram o assovio de Patience, a tosse durante algumas músicas não sei dizer se foi proposital e ele ainda alternava de tom de voz, às vezes ele era o Pateta e outras o Mickey Mouse. Mas tudo bem, o que importa é que o Whisky Rose nos mostrou o que sabe fazer de melhor - fazer pessoas pedirem perdão e implorar pela salvação de suas músicas preferidas.
Logo após de um hard-rock-pesado-ao-extremo-demais-da-conta, chegam Os Jeans nos presenteando com a melhor de todas as suas apresentações (que não foram muitas, especificamente baseada em apenas uma, a do sarau multicultural, já que não presenciamos a apresentação do InTenda II), fazendo covers de clássicos nacionais e mais uma vez, deixando a desejar no conjunto. Saindo do ritmo, perdendo a interação entre a banda, entradas antes de saídas e saídas antes de entradas. Alcançando às vezes algum entrosamento nos refrões. Há vontade, continuem ensaiando.
E finalizando, Jaqueline e Banda sobem e trazem consigo uma legião de anjinhos do senhor para Petrolina, colocando para correr todos os motociclistas e rockeiros que esperavam que esse ia ser mais um motochico como todos os outros - digno -, porém abençoando com muito louvor o fim de mais um moto chico, com alguns gatos pingados no fim da festa. Trazendo um poder tocante e iluminador que não me permite aqui falar algo mais já que o inferno não é lugar muito bonito para ser jogado.

domingo, julho 17

Motochico - Sábado (09 de Julho)

Contando com seis bandas, uma infinidade de pagodeiros e uma rápida intervenção meteorológica, o terceiro dia do maior evento alternativo da região contou, inclusive, com algumas bandas que não constavam na programação.

Iniciando-se com os olindenses da Marcelo Pantera e os Bruxos da Noite que apesar do nome com grau de ridicularidade elevado, provou – a partir da seletiva do Raiz e Remix – tratar-se de uma banda com ótima harmonia. Infelizmente, quanto à sua aparição inesperada e incrivelmente pontual no Moto chico, ninguém viu nem comeu, só ouvimos falar.

Seguindo Marcelo Pantera, desta vez com um pequeno público que começava a surgir, foi a vez da Cabelo de Serpente mostrar a que veio, não decepcionando com seu repertório parcialmente cultural, embora, convenhamos, essa não tenha sido sua melhor apresentação.

A banda Carrancudos surgiu para, finalmente inserir o Rock na noite, ressurgindo das cinzas depois de bastante tempo inativa e provando que nem tudo que é autoral é desastroso, por mais que algumas bandas da região persistam em nos provar o contrário.

E então, já com uma grande concentração de pessoas, os baianos da Time – Momento do Rock chegaram com seu nome e subtítulo absolutamente criativos (sim, isso foi irônico), finalmente animando o publico com seus covers dos grandes clássico do Rock’n’Roll, que felizmente não pareceu se importar com o repertório praticamente idêntico ao da noite anterior, salvo algumas músicas nacionais que contaram inclusive com o melhor vocalista do evento: A encarnação de Raul Seixas que teria dominado a apresentação inteira, não fosse pelo vocalista Gilberto que brutalmente ameaçado pela concorrência, preferiu interromper o show deste grande talento do rock.

Além de ovacionado Raul, houve também a participação do inconfundível vocal soprano da banda Orion que, em conjunto com a ótima dupla de guitarristas da Time, fez um cover inusitado da música Smoke on the water, do Deep Purple.

E então, ainda levemente extasiados pelo entusiasmo passado pela banda anterior, esquecemos de nos preparar para o que viria a seguir: O verdadeiro golpe auditivo que se manifestou com a banda Medievais.

Um público em visível desespero se locomovia em desabalada velocidade ruma as saídas do evento, na esperança de salvar suas almas do aparente castigo que começavam a sofrer, talvez pela ausência de qualquer banda gospel na noite, enquanto um vocalista ensandecido e munido com sua presença de palco à moda dança-do-siri ameaçava trucidar com covers mal-feitos as musicas do agrado de qualquer um que permanecesse no evento por mais de três gritinhos com clara influência nos dotes musicais do forrozeiro Frank Aguiar.

Numa tentativa desesperada de salvar os ouvidos persistentes, subiu ao palco o vocalista Jorginho, também da Orion, que arriscou a própria voz em um dueto.

E por fim, presenciada apenas pela parcela mais valente do público, a banda Rukha nos brindou com sopros de vida para os poucos sobreviventes da noite.

Moto Chico – Sexta (07 e 08 de Julho)

     Na 12ª edição do Moto Chico, realizado em Petrolina - de 07 a 10 de Julho, com mais de 10 bandas contratadas para divertir o público, que se encontra todo ano na região para conferir as novidades motociclisticas - vi que nessa edição bandas que constituíam o melhor dos shows do moto chico não participariam  (o que proporcionou um público menor nos dias que eram esperados auge).

     Por mais satisfação que me trouxesse poder comentar as bandas Skap, Vigliah e Quinta Coluna, não foi dessa vez. Me perdoem se integrantes ou amigos (dessas bandas) esperavam vir aqui xingar; fica para a próxima. Como não ganhamos nada com o blog (a não ser muitos motivos de risadas) , e, ele não mantém nossos salários ou nossas notas, optamos pelas obrigações da vida social; no dia 07 de julho ninguém compareceu.

     Porém dia 08 de julho estávamos lá,  logo após a cansativa divulgação política e blablabla, Pilar Central abriu os shows com seu toque gospel   igual a qualquer bandinha de igreja que toca relativamente bem sons mornos, sem graça, dedicados à “adoração” do senhor, com a constante puxada “emocional” do Rosa de Saron, embalando todos com trilha sonora para as roncos das motocicletas em uma apresentação nada singular.

     Logo após, Jagunços em clima de tributo à U2, trouxe o seu Bono Vox sem chapéu e cabelo sedoso, para tocar hits que embalaram o começo da adolescência da maioria dos roqueiros 90’s, fazendo uma apresentação pop-rock que animou bastante sem deixar a desejar no inglês ou em patrocinadores, mas de nada adiantará continuar a falar da Jagunços, não há mais a acrescentar: a banda já acabou.

     Posterior a Jagunços, outra banda que não temos motivos para comentar, tocou, com direito a paradinhas para criticar a prefeitura que estava patrocinando o evento.

     E então, vindo direto de Salvador, para animar o público que curte clássicos a Time – Momento do Rock (e, ainda, da falta de criatividade para nomes) veio com o seu inglês embromado fazer a animação da galera, optando pelos clássicos de todos os gosto e pelo despojamento soteropolitano, construindo, ainda que com dificuldades, um animado fim de festa que levou muita gente até às 4 da manhã.

     Entretanto, não só pelo notável público minguado como também pela falta de repercussão do evento, este foi um dos moto chicos mais fracos que já vi.    

quinta-feira, julho 7

Seletiva Raiz e Remix - Marcelo Pantera e os Bruxos da Noite, Zanga Boa e Cabelo de Serpente

Realizado neste 3 de julho, a 2ª etapa da primeira seletiva do Raiz e Remix que trouxe um bolo de atrações alternativas - ou não - para semearem no nosso querido Raiz.
Logo após o forrozinho pé de serra do Flávio Baião, sobe ao palco Marcelo Pantera e os Bruxos da Noite com uma alfaia, um violão, e um ótimo vocal para fazerem a diferença. Seu som acústico percussivo regional nos mostra que é uma das poucas bandas, que, com instrumentos tão simples conseguem fazer o que muitas outras do cenário regional não fazem mesmo tendo um bom suporte técnico. Merecidamente com seu "acústico percussivo" inocente a banda Marcelo e etc. não fez feio e agarrou a vitória por um lugar no Raiz e Remix tocando no seu ritmo leve e original incrementado com batuques hipnotizadores de alfaia.
Mais tarde Zanga Boa parecia fazer esforço para ficar em pé, suas canções apagadas e cansativas, tocadas de um jeito estagnado quase me deixa sem lembranças sobre a sua apresentação, provando que não precisa de muito esforço para vermos que a sua Zanga pode ser outra coisa, menos boa. Entrando para o grupo de uma das bandas que tem um bom suporte técnico e não sabe o que fazer com ele, fica a dica: vende tudo, aproveita e faz carreia de comerciante.
Por fim, logo após Anselmo Oliveira, o Cabelo de Serpente nos presenteia com um novo guitarrista (vale avisar: o mesmo de A Cúpula), e traz seu violino (rabeca?) para fazer a festa. Ela nos aduz seu som calmo e harmonioso e ao mesmo tempo uma pegada de música brasileira de raiz, com uma mistura de pop, rock e maracatu. Não sendo a sua melhor apresentação deixando muito a desejar em espírito, não conquistou, dessa vez, nem mesmo a suplência, mas isso não subtrai o merito já conseguido em suas outras apresentações. Quem sabe uma revisão de repertório não ajude?

Movimentadissimo o mês de julho, se interessar a alguém: as postagens relativas ao Moto-Chico, só serão publicadas após o termino do evento.

Que a força esteja com vocês, e usem-na controladamente pls!!!
(Na verdade, melhor seria nem usà-la...)

quarta-feira, julho 6

Seleção Raiz e Remix – Bazzara e Anselmo Oliveira

     Enfim, depois de quase 2 meses sem nenhuma atualização, voltamos para destroçar toda e qualquer esperança de quê tivéssemos morrido. É meu caros queridos e amáveis leitores não foi dessa vez, quem sabe na próxima o ódio se consuma e realmente definharemos, isso pode levar um período de tempo, em torno de uns 40 anos, mas o tempo não importa não é mesmo? O que vale é aproveitar a vida e viver intensamente o presente. (blablabla)
     Falando em presente, para podermos presentear-vos com nossas criticas prepotentes e de valores morais significativos para o nosso esnobe gosto musical, sobre a porcaria das coisas que vocês escutam com deliciosas criticas sobre o que teremos para aproveitar no animado Raiz e Remix, tivemos uma adorável prévia, aberta ao público, das bandas que irão tocar no show.
     Uma delas foi Anselmo de Oliveira que com seu reggae honroso da afro descendência, fez em mim doer os músculos braquiais me fazendo dar o braço a torcer para um estilo musical para o qual não sou muito adepta, me levando, com o seu vocal vibrante, remotamente a lembrar do blues doloroso e do passado cruel de todos os povos (dramático), se não fosse a pegada do reggae incentivando a leveza e o despojamento eu poderia ter sofrido (e se fosse em outro estilo musical) com a letra da canção: Eu te amo… mas eu te odeio… E para o estilo musical oferecido, suas musicas foram legais e me senti definitivamente mal porque eu gostei da intenção (“eu te amo”) mas não gostei no geral (“mas eu te odeio”). Todavia, como definitivamente foi bom, ficou para suplente.
     Sem ficar para trás na intenção, a banda Bazzara que todos pensamos ter morrido que ficou um tempo sem aparecer, veio desafinadamente com muita empolgação, trazer a única música com letra em inglês e com muita pegada (gostaria muito de ver a tradução e composição dela…) para o evento, que poderia ter agradado muito mais se não fosse o agudo da bateria e o desafinamento do vocal (na minha opinião, se quer apresentar uma música com emoção e não tem segurança no vocal, a vergonha poderia ter sido reduzida diminuindo-se o volume do microfone). Deixou muito a desejar na harmonia do grupo, mas pelo diferencial de estilo apresentado e a animação (se diferindo dos outros concorrentes) , em vez de ser pela qualidade (acho eu) ficou, também, para suplente.
Para descobrir os vencedores acesse: http://www.coletanea3.com/2011/07/seletiva-de-bandas-raiz-e-remix.html


     PS: Recebemos informações que posteriormente Bazzara foi escolhida como uma das titulares nas apresentações do Raiz e Remix, os motivos são obscuros (para nós).

segunda-feira, julho 4

Seletiva Raiz e Remix - Flávio Baião, A cúpula e Obsessão

03 de Julho, eis que nos situávamos num domingo infernalmente ensolarado com um Chico Egídio merecidamente empolgado e oito belíssimas – ou nem tanto assim – bandas que disputavam à foice o seu lugar no sexto festival Raiz e Remix.

Abrindo a seletiva, acobertados pela democracia do evento, eis que surge entre os participantes o xote de Flávio Baião, que, literalmente munido com a cara e a coragem, já faria válida sua apresentação apenas pelas expressões que se formavam no rosto de parte do público ao perceber que sua música não era tão alternativa assim. Flávio Baião parecia estar ali para testar a flexibilidade do evento, que terminou por se firmar definitivamente com sua merecida classificação.

Seguindo Flávio e seu pé-de-serra, além de alguns outros participantes que não me cabem comentar, chega a vez do maior (?) impasse que este blog já viu: A versão “peso pena” da banda que prometemos não mais comentar. Arriscando deliberadamente a permanência da minha cabeça sobre o pescoço, limito-me a dizer que A cúpula rendeu um bom som, mas infelizmente este vinha acompanhado de suas respectivas letras, o que dispensa maiores comentários para bons entendedores.

E então, no momento em que nos perguntávamos onde estava a tal banda de tecnobrega chamada Obsessão, ela surge, e nem seu nome absurdamente criativo poderia ter nos preparado para o que se sucedeu.
O que mais tarde descobrimos, com grande surpresa, tratar-se de um inexplicável Pop Rock com um vocalista que provavelmente acreditava ser o portador da alma – agora profanada – de Dinho Ouro Preto, e não um “batidão do Pará” liderado por uma loira de meia-idade e passado duvidoso, não se mostrou menos cômico que a nossa primeira suposição. Peço apenas que me perdoem pela falta de detalhes que provavelmente deixei passar enquanto dedicava um esforço sobre-humano para permanecer onde estava e não fugir em desabalada carreira para longe da empolgação nada contagiante e dos gritinhos de “uh-uh-uuuh” da banda.

Vergonha alheia, meus caros: Eis o que me definia ao fim da apresentação da banda, que me consolava apenas pela disposição de não mais que duas musicas por grupo e a sábia decisão final dos jurados, que, apesar da ameaça da pré-seleção, não terminou por aproximar a banda e sua Obsessão pelos palcos.